Sabe aqueles quadros que se penduram em escritórios com uma frase-símbolo da empresa? Se na sede do “Idade Media” houvesse um, a frase estampada provavelmente seria essa aí debaixo, de Herbert de Sousa:
Porque não basta escutar, tem que falar e transmitir também. “A gente pauta isso, a participação de todo mundo, o questionamento de temas relevantes da vida pública no rádio, o rádio como uma função social verdadeira”, diz Angelo Madson, coordenador da organização e colega de profissão de “Betinho”, o Herbert de Sousa.
Vão fazer dez anos que o “Idade Media” transmite essa ideia onde quer que haja espaço e mesmo nos lugares em que é vetado. É rádio web, emissora aberta (com freqüência F.M., mas sem outorga) e multiplicadora de pontos de radiodifusão na cidade. Apesar de ser uma produtora de comunicação em geral, como já deu pra perceber, o carro-chefe mesmo é o bom e velho – mas atualíssimo – rádio.
É a origem que fala mais alto. A organização é cria das rádios comunitárias que cresceram nas periferias de Belém na virada do último século. E lá também algumas viram seu fim, com o fechamento e apreensão de equipamento pela Polícia Federal. Angelo fazia parte de um dos principais nomes do movimento, a “Rádio Resistência”, e foi detido e processado por operar rádio sem licença.
“O termômetro que mede a democracia numa sociedade é o mesmo que mede a participação dos cidadãos na comunicação”