“Cuidar bem da saúde de todas. Faz bem para as Mulheres Lésbicas e Bissexuais. Faz bem para o Brasil” é o nome da campanha do Ministério da Saúde (MS) lançada nessa quarta-feira (2) no país. O foco dela são os profissionais de saúde; sensibilizá-los para o direito da população lésbica e bissexual de receber atendimento livre de qualquer discriminação, restrição ou negação. A campanha ressoa parte da luta de mulheres como Anny Miranda, acadêmica de enfermagem. “Podemos perceber que os profissionais da área não estão preparados para fazer uma assistência que vise a particularidade do segmento. Parte-se da ideia que todas as mulheres são heterossexuais, ou seja, mantêm apenas relacionamentos sexuais com homens”, diz.
Em 29 de agosto de 1996, começava o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), um marco para organização de lésbicas no país para visibilizar suas demandas, como o combate à lesbofobia.
Anny é uma das organizadoras do Seminário “(In)Visibilidade Lésbica e Bissexual: Feminismo, Direito e Saúde”, que aconteceu no último dia 21 na Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento, coordenado por militantes lésbicas e bissexuais, colocou em questão a diversidade sexual e a atenção a um grupo de mulheres invisibilizadas e oprimidas pelo preconceito que é movido “não só pela sociedade em geral, mas dentro do próprio movimento LGBT”, afirma a psicóloga e estudante de jornalismo Ádria Azevedo.